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  • Foto do escritorLarissa Tassin

Rosa Ávila: a médica-cantora que cura corpos e almas

“Médica lança disco com primeira ópera feminista do mundo”


Este é o mote do que deveria ser essa reportagem. Mas Rosa Ávila nos contou muito além disso. Médica anestesista formada na Unifesp e Mestre em Psiquiatria e Psicologia pela mesma instituição, consegue unir o melhor dos dois mundos, medicina e música, em sua rotina corrida nos hospitais em que atende.


A médica-cantora proporciona aos seus pacientes um atendimento humanizado de verdade, não daqueles institucionalizados. Utiliza a música como um de seus instrumentos mais importantes para transmitir tranquilidade e segurança aos seus pacientes em momentos nada agradáveis, como uma cirurgia ou uma quimioterapia.


Com mais de 30 anos dedicados à medicina, neste ano Rosa Ávila realiza mais um sonho: lançar seu primeiro disco como cantora de jazz. A obra Kind of Rose traz standards com arranjos assinados pelo maestro, pianista e arranjador David Pasquia. O disco traz adaptações arrojadas de clássicos como “Lover Man” (James O. David, Jimmy Shermann, Roger Ramires), “Sorry Seems to be the Hardest Word” (Elton John e Bernard Taupin) e “Habanera” (Georges Bizet, Henri Meilhac e Ludovic Halévy).


“O repertório foi cuidadosamente escolhido com canções que marcaram época, seja pela característica de seus intérpretes ou pelas ideias contidas, como o caso de Habanera, possivelmente a primeira ópera feminista produzida no mundo e muitas mulheres estão representadas neste trabalho”, comenta.


Habanera é uma adaptação jazzística do single "L'amour est un oiseau rebelle", música principal da Ópera Carmen, de George Bizet, de 1875, uma obra marcada pelo caráter transgressor da protagonista, uma personagem que exibe poder, liberdade e sensualidade. Características que a tornaram um marco na época em que foi lançada, no século XIX. Por isso, é considerada por muitos estudiosos como a primeira ópera feminista do mundo.


Quer conhecer a história por trás da primeira ópera feminista do mundo? Em “Carmen: saiba (quase) tudo sobre essa ópera fascinante!”, do portal Musicalidades, você aprende (quase) tudo sobre.


Quem canta os males espanta


Como médica, acredita que a medicina e a música são artes que curam: a primeira, dos males do corpo, a segunda, da alma. Na pandemia, estando na linha de frente do combate ao vírus que paralisou o mundo, viu a necessidade de trazer a cura através da música aos seus colegas médicos. Da varanda da sua casa passou a fazer lives musicais. A princípio, sozinha. Depois, com outros colegas médicos que tocam e cantam. Assim nasceu o seu primeiro álbum com repertório ítalo-brasileiro, Ti Seguiró, com músicas autorais românticas.


Uma sereia que é médica ou uma médica que é sereia?


Desmistificar e humanizar. Esses são os objetivos do projeto Rosinha do Mar, destinado a pacientes infantis com idades de 4 a 10 anos. Trata-se de uma websérie, palestras em escolas, visitas a hospitais e um livro infantil que traz a personagem Rosinha, uma sereia que se transforma em médica para conscientizar seu público-alvo sobre prevenção de doenças, qualidade de vida e o medo de hospitais.



Rosa Ávila carrega uma característica virtuosa: a empatia. Isso vai além da medicina que exerce em uma rotina corrida e de perseguir seu sonho como cantora. É o que a move a ser uma médica-cantora com uma visão totalmente humanizada seja para com seus colegas de profissão, seja para com seus pacientes. Toda essa empatia e amor pela vida estão expressos em suas músicas, nitidamente notados desde o primeiro acorde. É uma Mulher Inspiradora que tem muito a ensinar sobre humanidade e persistência.


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